31 agosto 2009

Calçadas Doutros Tempos


As calçadas doutros tempos

Guardavam folhas caídas

Do último outono.

Habitavam-se o silêncio sombrio

E uma pesada luz artificial

Advinda da primeira amostra

De eletricidade que rompera a escuridão.



Juras foram quebradas

Aos amores verdadeiros; e novas
Fez-se por amantes

Medrosos e apaixonados.

Porém, dos brancos bancos

Nada restaram... Netos e bisnetos

Escrevem agora a nova geração.



O relógio pára... Mas o tempo

Mostra-se cada vez mais veloz!

As calçadas doutros tempos

Sustentam-se em memórias

Mórbidas.

A mim já basta! O sol renasce

E faz perceber que é chegado

O verão.



Shauara David/Kaliane Araújo

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