Um sonho azul de faísca
retido na madrugada
alguém, em outra história,
ferida da morte de si mesma
Alguém; Comportadamente esquizofrênica
Alcança as primeiras luas
Isso não basta!
Uma taça sem brinde, poema
Pega a folha, anota, abre aspas
sem reticências, joia rara
feita de papel e nuvem
e mais uma besteira.
Não foi acidente
morrer é uma arte,
três décadas aniquiladas, uma a uma
na excepcional vocação de nunca
mais querer voltar...
Não há jeito;
O teu sono, Sylvia, atravessa séculos.
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