03 julho 2012

Sylvia Plath







Um sonho azul de faísca

retido na madrugada

alguém, em outra história,

ferida da morte de si mesma

Alguém; Comportadamente esquizofrênica

Alcança as primeiras luas

Isso não basta!

Uma taça sem brinde, poema

Pega a folha, anota, abre aspas

sem reticências, joia rara
feita de papel e nuvem

e mais uma besteira.

Não foi acidente

morrer é uma arte,

três décadas aniquiladas, uma a uma

na excepcional vocação de nunca

mais querer voltar...



Não há jeito;

O teu sono, Sylvia, atravessa séculos.

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