19 julho 2012

Pedra do infinito





Caminhava pela praia sozinha
ao encontro do mar
pra desmedir segredos.
Se a busca racionaliza, e a racionalização
afasta
como podia conter minha sanidade?
não fiquei sem respostas
uma pequena e branca pedra me encontrou
tão logo a sentia em meus dedos
seu infinito.

Percebi que era você, macio
(como as nuvens dispersas)
os cabelos desgrenhados
barba mais cumprida
e um gênio sagaz
compatível com o meu;
Irônicos.
Me perguntaste o que era “o nada”
O nada é aquela palavra
que não pede questionamentos
mas como você inverte os interesses
completo: nada se faz tudo quando somos sós
nesses momentos raros,
infinitos.

Um comentário:

  1. Pensar as vezes não quer dizer "nada". tal há pertubação daqueles que se sentem presentes, se sentem na presença, do ente, mal-estar daqueles que pensam ouvir a voz de si mesmos, dos presentes-passantes, cindidos, surrupiados, dos beijos desencontrados, do turbilhão, medo, talvez único sentimento intemporal, inquietude diante da falta de sentido como condição de possibilidade de sentido, da fugacidade da felicidade, talvez uma música, alegria e flechas, atravessado o destino ao destino e além, ao enigmático, existir, tentar, tencionar.

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