28 julho 2011
O Poema dele
Em teu ataúde o encanto do belo mestiço
adormecido, canto calado, mas ouvido.
As mãos juntas em oração silenciosa
travam o fim. Aos vinte e sete
foi esgotado o dia, enquanto ontem
vivia sofregamente através da
conquista do sétimo sentido, daí
tornasse veraz o teu caminhar distinto.
Coube na impiedosa lamúria dos choros
O alarde inexplicável da impotência
Tu em minha frente sem vida
levava também a minha, e isso não foi concreto
por que de nada mais precisamos!
Além dos sentimentos que criamos
os campos vastos nos abrigam...
A agonia torna real tua imagem
vontade alimentada pelo que passou
(com restrições dos fatos)
Essa ausência hoje é tua presença
verde e branca. Casta, cruelmente casta!
Vitrificada no perdão de nossos pecados
Enfim, somos livres! Sem atrasos de segundo
A sós nas horas, sem os fardos do mundo.
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