25 julho 2011

Gentes




As explicações que inventamos são como espectros
Junto às pessoas que partiram
Acumulam nomes, estórias, biografias
Invenções, tragédias, personagens
Enfim o cansaço é inevitável:
Quanto trabalho já construiu o homem!
casas, livros, pistas
monumentos, ícones, discos
lendas, danças, teses...
Sendo criado o mundo em fim iminência
Vai multiplicando as gentes;

Fazendo sentir cada vez menos, mais perdida
Uma humanidade carente tanto mais gente abriga
Incontáveis pessoas!
Reconhecida minha insignificância
A cabeça conflita pelo buraco negro
A imensidão universal nos engole!
Vai multiplicando as gentes...
Resta-me ser como o piso antigo de uma casa grande
Esmagado aos passos lentos de longos anos;
E vão surgindo mais...

Infinitamente!

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