Perdoa se o que sinto é insano
E escolta essa agonia noutros planos
Percorrendo os mais íntimos segredos
Pelo corredor de um novo sol
Um tempo estancado em espelhos
Futuros consumados assaltos, desejos.
Perdoa se o que penso é ingrato
Desmotivado pela clausura do sistema
Se me ocupo no anti-niilismo de
um novo poema
E ainda teimo por problemas comuns;
Sem concluir um passo, e também sem voltar atrás.
Sem transformar e sem me importar demais
E ser apenas o que acho.
Perdoa se amo, acanho e converto em sarcasmo
Os tempos nunca são os mesmos
Ainda se sente igualmente surpresos
Os temas de revolução, documentários...
Perdoa se sofro pelos animais solitários
E ao homem meu belo mérito de desprezo!
Perdoa se lustro, espirro e depois esqueço
Não mexo um dedo pra aliviar o espírito
Por isso sangro, me perco
E me contento em não encontrar um risco
De suavidade vento, doloroso e falso abrigo;
E assim sigo perdoado, calmo, inexpressivo.
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