30 abril 2010

Há uma gota de sangue em cada poema





Assim como há resquício de barro
Nas estradas asfaltadas
E ruínas pelo impacto das guerras
e catástrofes
Há em cada poema uma lágrima;

Assim como ecoa aplausos e vaias
Da grande semana! Onde sobra
Pedaços mastigados na antropofagia
Mário não desperdiçaria uma idéia
Sem que esfacelasse fontes, rituais e oferendas.

Há uma gota de suor em cada letra
E em cada verso um gozo de dor
Por que sempre a dor do poeta?
Simples... É exatamente aí que sucumbi
As mágoas de exprimir pelo dom;
E despedir a força vital paulatinamente...

Mas há de deixar cada poeta, em cada página seca
A ata boêmia, idéia difusa e
sua vida latente!

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