29 março 2012

A cada encontro far-te-ei poesia




Não vou sobrecarregá-lo meu bem, com
abordagens vãs, já conhecemos o desejo
atraído pelo outro, o estranho nos espreita
para dizer que o ideal não existe, então aceita
o acaso que torna sincero o imperfeito e
passa a ser infinito o momento.

A cada encontro dar-te-ei poesia,
sente a magia plantar também a arte?
Não te precipites, me é dispensável respostas;
tua boca pequena já sussurra silêncios
conversas ao mar os pensamentos infindos
e isso satisfaz perguntas e não promessas
desconhecemos o futuro, mas o seguimos
fielmente. Pisando coisas;
arrastando o chão,
tropeçando sentimentos.

Não quero sobrecarregá-lo, amor,
com minhas desventuras, é suave tua cor
e se tua lombar reclama onde minha
mão não alcança, que águas desnudas
hão de aliviar tuas súplicas?
Levita que a grama nos acomoda essas noites
A lua testemunha o esmorecer do encanto
mas teu semblante, a cada encontro
bem servirá por tu a alimentar a poesia.

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