Acaso sustento a contemplação histérica
da densidade dos sons que a noite vêm
Quando todos dormem (em decrepitude)
Apenas eu me desconcentro,
Há no centro do problema uma questão:
Será trovão? Terremoto? Seres mortos?
Penso que seja pré-concebimento
Vindos dos ventos ou uma alucinação!
Mas pra abrandar meu tormento; o costume
E pra provar a fraqueza; o medo
Chegando... se esquivando... falando manso
Baixinho, sem pressa
Tumultuando meu canto calado
Desafinado e sem sentimento.
Acredite! É no silencio que se faz aurora
Quando os sons se chocam em “ big ben”
Anunciado ao sino a dolência dos que choram sob trevas
Que hão de buscar nos silêncios noturnos
Os barulhos companheiros da solidão...
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