O segredo permanece no silêncio dos mortos
Como uma estanha confissão dos ventos
Onde as folhas caem belamente
Exalando uma paz reflexiva de outonos
Formando um piso marrom
- putrefato e rico
do que foi vivo, aflorado
por tantos outros passados, reféns de histórias
Estas, bem guardadas no cimento e cal
Bem arado num novo quintal de flores...
E é lá de baixo que eles respondem:
“morrer não dói”
Aprisiona na lembrança nostálgica dos que continuam,
Inutilmente tapando as dores,
Se recompondo em outros nomes;
De que forma mesmo podem se mover?
Afogados no medo do próximo passo?
Em descompasso ao depois, e depois?
A primavera deve responder...
Com suas diversificadas flores
Enquanto à noite vivem sozinhas a beleza
da fase, tão atrelada à solidão
E dona de uma incrível subjetividade,
mas nada podem revelar!
O segredo permanece no silêncio torto...
Enquanto os ‘sopros’ tratam de avivar
a confissão dos mortos, lentos e ávidos
de cova , terra e como se não bastasse,
Incertos em suas capacidades de resistência.